Por VeritXpress
Em recente reunião da comissão do Conselho Geral do partido Rússia Unida, o Ministro da Relações Exteriores, Sergey Lavrov, falou sobre cooperação internacional, salientando o BRICS Plus e a América-Latina.
Segundo Lavrov há um aumento considerável de países na América-Latina ao BRICs. Para ele, a aliança forma uma espécie de rede cooperativa, além das linhas tradicionais de Norte-Sul e Oeste-Leste, justamente pela entrada da Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Irã e Etiópia.
“Mesmo a Argentina tendo feito uma ‘pausa para reflexão’, o interesse da América Latina em nossa associação é muito forte. Com a entrada de novos membros o trabalho será mais complexo e levará mais tempo para chegarmos a acordos”, disse Lavrov.
No entanto, ao se chegar em consensos com países, os quais por vezes se mostram inconsistentes (politicamente), este consenso é valioso é forte e duradouro, são mais confiáveis que associações forçadas por hegemonias ocidentais.
Lavrov informou que ainda há cerca de 30 estados querem estabelecer parcerias com os BRICS, além dos países que já aderiram à associação. O Ministro dos Negócios Estrangeiros russo salientou que Moscou irá fortalecer a sua posição como um dos pilares do mundo multipolar. (Em 1º de janeiro, a Rússia assumirá a presidência do BRICS).
Durante a conferência parlamentar Rússia – América Latina, Vladimir Putin já havia externado que interessa a Moscou construir uma maior interação com a região e trabalhar em colaboração com suas associações de integração.
Segundo o L’AntiDiplomatico: uma das principais formas de colaboração entre os BRICS e a América Latina tem sido o comércio e os investimentos. A América Latina, devido aos seus abundantes recursos naturais e à expansão da base de consumidores, desempenha um papel crucial como mercado para os países do BRICS. Essas nações têm realizado investimentos significativos em setores como mineração, agricultura e infraestrutura na região latino-americana, contribuíram para a diversificação das economias latino-americanas.
Além disso, observa-se um aumento na cooperação Sul-Sul. Um exemplo é a parceria entre Brasil e China em projetos de infraestrutura, como ferrovias, portos e usinas de energia, fortalecendo a conectividade regional e impulsionando o desenvolvimento econômico e o comércio entre as nações envolvidas, bem como projetos conjuntos na biotecnologia entre Índia e Brasil.
Assim, a crescente cooperação entre os BRICS e a América Latina reflete uma mudança nas dinâmicas globais. À medida que os BRICS se consolidam como potências econômicas, a colaboração com a América Latina abre amplas oportunidades para ambas as regiões. Ao fortalecer ainda mais esses laços, para a construção de uma economia global mais interconectada e próspera.