Segundo novas informações de fontes libanesas, as baterias dos walkie-talkies e pagers vendidos à população do Líbano e que explodiram nesta semana, estavam impregnadas com um composto altamente explosivo, Tetranitrato de pentaeritrina (PETN).
O composto explosivo foi integrado às baterias tornando-se difícil a detecção. A empresa japonesa fabricante dos walkie-talkies afirmou ontem que a produção do modelo detonado foi interrompida há uma década, mas que o modelo ainda é encontrado à venda em sua maioria falsificações.
Yoshiki Enomoto, gerente geral da divisão de segurança e comércio da Icom disse à emissora japonesa Fuji TV que o modelo do walkie-talkie, tem a eletrônica densamente compactada sendo difícil inserir um dispositivo explosivo no compartimento principal, portanto, o mais provável é que estivesse nas baterias destacável.
Testemunhas libanesas afirmaram que as explosões ocorreram mesmo em casos em que o pacote de baterias estava separado do restante dos aparelhos. No caso dos pagers, o presidente da empresa Gold Apollo, Hsu Ching-Kuang, afirmou que a produção não foi em Taiwan, mas por uma empresa licenciada na Hungria, a BAC Consulting KFT. [leia maiores detalhes aqui]. Essas informações confirmam o que foi dito por fontes libanesas que afirmaram que os dispositivos foram modificados no processo de produção.
Tetranitrato de pentaeritrina (PETN)
O PETN é um composto químico extremamente explosivo e por sua alta velocidade de detonação é mais forte que a nitroglicerina e a TNT. Em temperatura ambiente é um sólido cristalino branco, especialmente quando seco e detona em torno de 210 °C. Sua capacidade de ser moldado em formas compactas o tornou muito popular na utilização por militares, civis (mineração, demolições especiais etc.), dispositivos detonadores, mas também em alguns fármacos. O PETN – C(CH2ONO2)4 – é conhecido por ser um dos explosivos mais poderosos, sendo usado na construção de cordéis detonantes, granadas, torpedos, bombas e outros aparelhos.