O entendimento da realidade pelo ocidente deixou de ser feito a partir de fatos e da realidade objetiva, e passou a ser por narrativas Hollywoodianas que tornaram-se mais críveis para as sociedades, do que a própria percepção da realidade. Como todo Pink precisa de um Cérebro, um grande gênio do mal, com o fim do mito Steve Bannon cria-se o mito Elon Musk.
Analistas afirmam que o maior responsável pela vitória de Trump é Elon Musk com seu X-Twitter. Isso é um completo achismo, desconhecimento das redes sociais, nenhum dado científico e desconsideração de que uma rede social que tenha muitos usuários e influência em determinado país ou região mundial, não tem a mesma importância em outros, sem falar da segmentação do público por idades, utilidades, classe sociais etc.
No Brasil, por exemplo, as redes sociais mais usadas são: 1º WhatsApp, 2º Instagram, 3º Facebook (o X-Twitter é a 9º). Já as preferidas pelos brasileiros são: 1º Instagram, 2º WhatsApp e 3º TikTok (o x-Twitter é a 6º):
Nos EUA as redes mais utilizadas são: 1º Facebook, 2° Instagram e 3º Facebook Messenger:
Além disso, apesar do X- Twitter de Elon Musk ser a 6º plataforma mais utilizada e preferida pelos americanos, nem de perto o bilionário Elon Musk tem o mesmo poder de influenciar as massas do que o bilionário Mark Zuckerberg, possuidor das 3 maiores redes sociais, Facebook, Instagram e o WhatsApp e das 3 mais influentes nos EUA, Facebook, Instagram e Facebook Messenger: [Fonte: DataReportal: Leia as 136 páginas do estudo completo: Digital Brasil 2024 e Digital 2024: United States of America].
O pior dessa verdadeira cortina de fumaça é esconder que o Departamento de Estado e as agências de inteligência dos EUA consideram essas plataformas suas armas da guerra cognitiva e de controle da sua população. Nenhum desses bilionários tem controle livre e total de suas redes.
Em 5 de outubro de 2021, Frances Haugen, uma suposta vazadora, ex-funcionária do Facebook, depôs ao Senado dos EUA sobre denúncias que fizera de práticas prejudiciais aos usuários pelo Facebook. As imprensas americanas noticiaram, e as europeias e brasileiras de todos os espectros reproduziram, que finalmente o Estado Americano iria regular as Big Techs e redes sociais.
Entretanto, se os jornalistas brasileiros emocionados tivessem ignorado seus wishful thinking – pensamentos ilusórios – ao analisar o depoimento de Haugen e o que seguiu, teriam notado que ela defendia que essas empresas deveriam ter um maior controle das inteligências do Estado e não um maior controle jurídico.
Após algumas horas do depoimento e se acelerou nos dias seguintes, em 6 de outubro de 2021, as ações do Facebook começaram a despencar, desvalorizando a empresa em bilhões e bilhões de dólares, até que em menos de 3 semanas depois, em 28 de outubro de 2021, Zuckerberg fez às pressas um grande evento, onde adiantou em pelo menos 15 a 20 anos o Projeto Metaverso e mudou o nome da empresa para Meta. Com isso, não apenas estancou a queda das ações como as fez voltarem a subir recuperando as perdas.
Vídeo Projeto Metaverso lançado as pressas em 28/10/21
O Projeto Metaverso de Zuckerberg consiste na criação de um mundo 3D, com cidades, casas, prédios, lojas, ruas, praças e bares. Onde os usuários em vez de se comunicar por postagens e terem fotos como avatares, terão seus bonecos em 3D, com a possibilidade de escaneamento de rosto, se comunicarão via voz e visualmente (emotes de movimento), conhecerão outras pessoas, caminharão por esse mundo e ainda poderão comprar vestuários, cortes de cabelo etc. Tudo isso acontecendo em tempo real e com os bilhões de usuários ao mesmo tempo interagindo e se movendo.
Acontece que essa tecnologia anunciada por Zuckerberg, em 28 de outubro de 2021, não existe fora dos laboratórios da Meta. Sendo otimista, levará uns 20 anos para que se implante uma infraestrutura de internet de alta velocidade (tipo: 5G) por todo o mundo e com preços acessíveis. Além disso, os custos atuais de PCs para rodar esse projeto é proibitivo para 98,8888% dos usuários no mundo e faltam décadas para barateá-la. Zuckerberg sabia disso, e qualquer um que mexe com essa tecnologia, incluindo usuários de games MMO, sabiam também.
Em nenhum momento, o Estado americano e o Congresso reunido quiseram regular as redes sociais como até hoje não o fizeram. O que queriam era dar um castigo a Zuckerberg, por ter usado suas redes e coletas de dados para interesses próprios e ainda mais para interferir nas eleições dos EUA ao se unir a Cambridge Analytica. Desde então, Zuckerberg se colocou na invisibilidade, parou de dar declarações, desapareceu da mídia e desistiu de ser um gênio empresário astro.
Quanto ao Elon Musk, ele só é o Elon Musk por causa dos bilhões em contratos governamentais com o Estado Americano. Todas suas empresas estão vinculadas por contratos diretos, ou tiveram transferência de tecnologia da NASA e/ou subsídios, desde a Space-X, Starlink, a Tesla.
Se o uso político do X-twitter por Elon Musk nestas eleições presidenciais americanas tivesse incomodado ou se no futuro passe a incomodar o establishment, as poderosas agências de inteligência e o estado profundo, acaba-se com o Elon Musk em semanas, assim como Zuckerberg aprendeu rapidinho.