Nesta manhã de 4 de setembro, o jornal búlgaro Obektivno informou que vários aviões de transporte de países da OTAN foram registados no espaço aéreo da Roménia e da Polónia. Entre eles estão aeronaves da Força Aérea da Alemanha, Polônia e Estados Unidos, identificados pelo site de rastreamento de voos Flightradar24. Os voos aconteceram logo em seguida ao ataque russo com mísseis balísticos Iskander contra um centro de treinamento na cidade ucraniana de Poltava.
A Escola de Comunicações Militares e de Tecnologia da Informação, na parte norte de Poltava, abriga o 179º centro de treinamento para pessoal de comunicações ucraniano, incluindo operadores de radar e drones de ataque. Foi destruído por dois mísseis na manhã de terça-feira, segundo as autoridades locais.
O Ministério da Defesa ucraniano estimou o número de mortos em 49, com 219 feridos. As equipes de resgate conseguiram salvar 25 pessoas, das quais 11 foram retiradas dos escombros. O governador de Poltava, Philip Pronin, atualizou posteriormente o número de mortos para 50 mortos, mais de 235 feridos e 15 desaparecidos.
Entretanto, na noite de ontem, o Major General da reserva português, Raúl Luís Cunha, ex-oficial da OTAN, disse em entrevistas ao Canal Multipolar TV, que havia entre 600 a 700 militares na escola militar, além de instrutores suecos, os quais estavam treinando os ucranianos em como operar as aeronaves do tipo AWACS (vigilância por radar) doadas recentemente pela Suécia.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, aproveitou a ocasião para exigir mais sistemas de defesa aérea e mísseis, bem como permissão dos países da OTAN para lançar ataques com mísseis de longo alcance contra a Rússia.
Igor Mosiychuk, ex-deputado e vice-comandante de Azov, afirmou que o ataque pode ter resultado em 600 vítimas. Ele acusou o comando militar ucraniano de também ter alguma responsabilidade por permitir que tantos soldados ficassem num só lugar sem abrigo.
Segundo a imprensa sueca, o Ministério da Defesa de seu país negou a existência de instrutores suecos na escola militar e que a afirmativa seria propaganda russa enganosa.