A Organização dos Estados Americanos (OEA) convocou reunião dos estados-membros na quarta-feira, quando tentou aprovar uma resolução para rejeitar a vitória de Nicolás Maduro nas eleições venezuelanas, domingo passado.
A OEA é comprovadamente uma organização golpista que atua sob o interesse dos EUA. A instituição atuou diretamente no golpe na Bolívia em 2019, pelo mesmo método que tenta usar agora contra a Venezuela. Usou dados de pesquisa eleitoral que supostamente comprovariam fraude na vitória eleitoral de Evo Morales, mais tarde, foi provado serem falsas as pesquisas e as acusações de fraude eleitoral.
Dessa vez, o alvo é a Venezuela, país com uma das maiores reservas de petróleo do mundo, enquanto o contexto geopolítico é que os EUA perdem o poder hegemônico sobre o Oriente, África e só lhes resta fechar a pinça nas Américas, sob o risco de perder também o Ocidente. Essa tentativa de Revolução Colorida na Venezuela, não é apenas para subjugar o país vizinho, é só o primeiro passo para subjugar todos os países da América do Sul, inclusive o Brasil.
O jornalista Ben Norton comprovou que a empresa realizadora da pesquisa eleitoral de boca de urna e é usada pela oposição para acusar fraude eleitoral na Venezuela, é diretamente ligada aos EUA e suas agências de inteligência.
O Jornalista Alan MacLeod prova que o candidato da oposição derrotado da oposição e que reivindica fraude, Edmundo González Urrutia, é um agente da CIA, financiado por ONGS ligadas ao Estado dos EUA e títere da de Maria Corina, proibida de concorrer justamente por tentativas de golpes e uma longa lista de crimes contra as eleições venezuelanas há décadas.
♦️La OEA no pudo aprobar resolución contra Venezuela. No contaron con los votos suficientes.
17 votos a favor
0 en contra
11 abstenciones
5 ausentes♦️A favor:
Argentina 🇦🇷
Canadá 🇨🇦
Chile 🇨🇱
Costa Rica 🇨🇷
Ecuador 🇪🇨
El Salvador 🇸🇻
EE.UU 🇺🇲
Guatemala 🇬🇹
Guyana… pic.twitter.com/mhSjZwTM9O— Agencia Venezuela News (@VNVenezuelanews) July 31, 2024
A OEA precisava de 18 votos para aprovar a resolução contra Nicolás Maduro, mas obteve apenas 17 votos a favor. Nenhum estado-membro da OEA votou contra a medida, mas 11 se abstiveram, incluindo o Brasil. A resolução pressionava o governo venezuelano a ser completamente transparente sobre os resultados para garantir a credibilidade. Toda essa guerra cognitiva de desinformação é para minar a legitimidade de Maduro no exterior, pois internamente, Nicolás Maduro tem o apoio da população e dos militares, sendo pouco provável que consigam derrubá-lo como ocorreu recentemente no Brasil, Bolívia, Peru etc.
O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) declarou Maduro o vencedor da eleição após ele assegurar 51% dos votos contra 44,2% de Edmundo González Urrutia. Pela lei eleitoral venezuelana, o CNE tem 72 horas para declarar o resultado da votação e 30 dias para os boletins com atas. Entretanto, a instituição sofre um ataque hacker, vindo da República da Macedônia, o que está retardando a publicação das atas.
Entretanto, o sistema eleitoral venezuelano conta com 16 protocolos diferentes de auditoria. Entre eles, a urna eletrônica imprime o voto em papel, para que o próprio eleitor fiscalize seu voto, depois é feito a contagem dos votos em papel, meio analógico e físico, onde fiscais de todos os partidos estão presentes e ao final, assinam a ata com o resultado.
Segundo o Brasil 247, após a OEA ser derrotada na tentativa de melar a eleição na venezuelana, o secretário-geral da Organização, Luis Almagro, disse hoje que deveria haver a expedição de um mandado de prisão pelo Tribunal de Haia à Maduro por suas ações.
Almagro usou uma sequência de mentiras, fake news, das ditas ações que deveriam levar a prisão de Maduro:
Segundo suas afirmações: “Maduro prometeu um banho de sangue, e ficamos indignados com isso e ainda mais indignados agora que ele está fazendo isso”, disse Almagro, em discurso replicado em uma publicação no X, antigo Twitter.
A afirmação de Almagro é mentirosa, apesar de ter sido difundida também pela imprensa corporativa brasileira, o dito pelo Maduro foi retirado de contexto. Maduro chamou os venezuelanos a comparecerem à votação, pois se a extrema-direita vencesse, ela causaria uma banho de sangue na Venezuela. Assim como foi dito nas eleições brasileiras passadas, que se a extrema-direita se reelegesse, Bolsonaro implantaria uma ditadura, que tratava-se de uma eleição da “Civilização Contra a Barbárie” etc.
Segundo Almagro, as ações de Maduro após o pleito de domingo foram premeditadas, de “impulso brutal” e “ferocidade”, e usaram “vantagem superior” na tentativa de se manter no poder.
“É hora de apresentar acusações e um mandado de prisão no Tribunal Penal Internacional contra os principais perpetradores da violência, incluindo Maduro”, disse Almagro.
A violência, os protestos fabricados e até assassinatos estão sendo realizados pela oposição que perdeu as eleições. Não é apenas a tentativa de uma Revolução Colorida, essas ações feitas pela extrema-direita venezuelana são históricas e tem até nome próprio, Guarimbas. As Guarimbas são feitas repetidamente desde 2002 e com o apoio de agentes infiltrados, imprensa e financiamento dos EUA.