Por VeritXpress
A Shell Oil Company rebaixou a sua principal meta “verde”. A empresa havia definido uma redução de 20% as suas emissões de carbono até 2030. A empresa pretende expandir o seu negócio de GNL (gás natural liquefeito) e manterá a sua produção de petróleo estável até 2030, noticiou o The Guardian .
A nova estratégia inclui uma nova meta para reduzir as emissões do seu negócio petrolífero em cerca de 15% até 2030, a partir dos níveis de 2021. Ela não estabeleceu uma meta de diminuição para as emissões do seu gás, ao contrário, aumentará em 50% até 2040.
A recente diminuição na meta de transição energética permitirá à Shell manter níveis altos de emissão por pelo menos uma década. Especialista em clima apelaram às empresas de combustíveis fósseis que reduziam suas emissões provenientes da venda de energia fóssil diminuindo suas produções de petróleo e gás.
As metas da Shell referem-se também à quantidade de carbono dos seus produtos, e não apenas às emissões absolutas. Sendo assim, a Shell pode produzir mais gás com uma intensidade de emissões mais baixa, mas ainda assim, aumentar as suas emissões globais à medida que aumenta a sua produção.
Apenas no ano passado, a Shell teve um lucro de mais de 28 bilhões de dólares, um dos anos mais lucrativos de que há registo, o presidente-executivo da Shell, Wael Sawan, em junho passado, descartou um plano para reduzir a produção de petróleo e gás da Shell em 1-2% ao ano.
Em 2021, a Shell prometeu que reduziria a sua produção de petróleo todos os anos até o final da década, após um de 1,9 milhões de barris por dia, em 2019. Em 2021, a Shell pareceu ter atingindo a meta estipulada ao reduzir sua produção de petróleo para 1,5 milhão de barris por dia.
No entanto, a redução aparente foi alcançada com a venda de sua participação na Bacia do Permiano no Texas e Novo México, pelo valor de US$ 9,5 bilhões. [Leia: Chutando a Escada do Sul Global com a falácia da economia verde]