Por VeritXpress
O Federal Reserve, Banco Central americano, recusou-se a fornecer informações sobre a participação estrangeira em ouro depositados nos EUA, informou o Headline USA (27/04). Pouco depois do presidente da do Federal Reserve, Jerome Powell, ter se esquivado às perguntas de um congressista dos EUA sobre as reservas de ouro estrangeiras no Banco Central americano, também recusou-se a cumprir um pedido do Headline USA para obter esses dados pela Lei de Acesso à Informação.
A falta de transparência do Federal Reserve surge em meio aos relatos de que os países estão retirando seu ouro e outros ativos dos EUA como resultado das sanções ocidentais sem precedentes impostas à Rússia durante a guerra por procuração na Ucrânia. De acordo com um inquérito da empresa de investimentos, Invesco, em 2023. Uma “porcentagem significativa” de bancos centrais expressou preocupação sobre a forma como os EUA e os seus aliados da OTAN congelaram quase metade dos 650 bilhões de dólares em reservas de ouro e divisas da Rússia.
O congressista Alex Mooney perguntou a Powell numa carta de dezembro , mas o presidente da Fed respondeu-lhe evasivamente apenas no mês passado: “a Fed não possui ouro, mas mantém-no em depósito para outras entidades” – um fato que é de conhecimento público e o congressista provavelmente já sabia.
Após a resposta evasiva de Powell, a Headline USA apresentou ao Federal Reserve um pedido de transparência pela Lei de Liberdade de Informação sobre quanto ouro o Federal Reserve Bank de Nova York mantém atualmente em seu cofre, assim como os dados sobre a propriedade de ouro dos clientes no banco central/governo.
O pedido também objetiva informações sobre a quantidade de ouro em participações estrangeiras no Fed antes do início da guerra entre a Rússia e a Ucrânia em Fevereiro de 2022. A última revisão feita às participações em ouro nos EUA foi em 1974. Não houve nenhum relatório de revisão desde então, já faz meio século.
Entretanto, o Federal Reserve negou o pedido pela Lei de Liberdade de Informação na quarta-feira passada.
“Funcionários do Conselho do Federal Reserve consultaram funcionários do Federal Reserve Bank de Nova York e foram informados de que tais registros, se existirem, seriam registros do banco e, portanto, não estariam sujeitos a uma solicitação pela Lei de Liberdade de Informação ao Fed Reserve.”
A mídia estadunidense Headline USA, anunciou que irá recorrer da negativa de acesso à informação. Os analistas salientaram que a falta de transparência da do Fed levanta sérias questões.
“Eles estão apenas transferindo a responsabilidade para o Federal Reserve de Nova York. O Federal pode obter os dados do Federal Reserve Bank de Nova York, se quiser, e depois pode partilhá-los. O presidente do Fed já disse ao congressista Mooney que não quer divulgar esta informação”, comentou Chris Powell do Comitê Antitruste do Ouro.
De acordo com Stefan Gleason, CEO da Money Metals Exchange, um grande negociante online e custodiante de metais preciosos com sede em Idaho, “O Fed não quer que ninguém saiba que os governos estrangeiros e outros bancos centrais estão repatriando seu ouro para outros países, pois isso exporia a loucura da política monetária externa dos EUA.”
Muitos países mudaram suas reservas para os bancos da Grã-Bretanha e Zona do Euro, no entanto, isso está prestes a mudar. A credibilidade em manter suas reservas na zona do euro é a mesma dos EUA, zero. Em 2019, na tentativa dos EUA em dar um golpe de estado na Venezuela, com seu construction serviçal Juan Guaidó, o Banco da Inglaterra surrupiou as reservas de ouro venezuelana, no valor de 1,2 bilhões e recentemente a Grã-Bretanha e União Europeia anunciaram tomar as reservas russas para comprar armamentos à Ucrânia.
É claro, que a consequência será a mesma que ocorre nos EUA, um suicídio econômico da União Europeia, países e empresas irão cambiar suas reservas em dólar e euro para ouro e outras moedas, e por fim, transferir para zonas confiáveis.