Por VeritXpress
Em entrevista à rádio pública húngara, Rádio Kossuth, na sexta-feira (07/06), o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, disse que “a União Europeia mergulhou numa ‘psicose de guerra’”.
Orbán argumentou que esta mentalidade da União Europeia certamente levará ao envio de tropas ocidentais à Ucrânia. “O Ocidente está “se aproximando do final das suas possibilidades” de pôr fim ao conflito entre Moscou e Kiev e “quem afirma que não há perigo imediato de uma guerra está enganado as pessoas ”, disse o Primeiro-Ministro húngaro.
Afirmou em duras palavras que “só um cego não vê que existe uma psicose de guerra na Europa, cuja conclusão lógica será a chegada de unidades militares dos países da Europa Ocidental ao território da Ucrânia, na melhor das hipóteses não no front”. “Apesar das tensões estarem em um ponto de ebulição, a esperança morre é a última a morrer”.
Na opinião do sabido apoiador de Donald Trump, Viktor Orbán, com as proximidades das eleições para o Parlamento Europeu, uma reeleição de Trump nos EUA e se o conflito não ultrapassar a frente russo-ucraniana nas próximas semanas, “por volta de novembro, poderíamos fazer uma coligação transatlântica e pan-ocidental de paz” para cessar as hostilidades, disse Orbán.
Orbán defende que a Hungria deve abster-se de participar em qualquer possível missão da OTAN e que se as tropas de Budapeste o fizessem, seriam comandadas por oficiais nomeados pelo bloco militar liderado pelos EUA. “Se isso acontecer, perdemos uma parte muito importante da nossa soberania”, disse ele, acrescentando que a Hungria já está pagando um alto preço econômico por esta guerra.
Viktor Orbán seguidamente criticou a escalada de tensões pela União Europeia contra a Rússia, apelou à Kiev para negociações imediatas de um cessar-fogo; foi contra as declarações do presidente francês, Emmanuel Macron, que afirmará que a UE não deveria descartar a opção de enviar tropas europeias diretamente à Ucrânia; e por fim, Orbán ameaçou que a Hungria votaria contra o envio de mais armas e dinheiro à Ucrânia. Ao ponto que Bruxelas ameaçou caçar o direito de voto da Hungria no Parlamento Europeu, se o voto ocorresse.