Por VeritXpress
De autoria de José Reinaldo Carvalho, publicado em Brasil 247: “O genocida exterminador de mulheres e crianças diz que vai aplicar uma “reprimenda” a Lula”.
José Reinaldo Carvalho é jornalista e editor internacional do Brasil 247, especializado em Política e Relações Internacionais, e autor de livros sobre tema.
Cada vez que os “diplomatas” israelenses e o genocida-mor do mundo atual, o primeiro-ministro sionista Benjamin Netanyahu, exibem seu descontentamento raivoso com a condenação de que o estado sionista é alvo pelos crimes continuados na Palestina ocupada, aumentam seu isolamento e a indignação dos povos de todo o mundo e da própria comunidade internacional.
O ministro das Relações Exteriores do estado genocida, Israel Katz, anunciou que o Embaixador do Brasil será chamado para uma “reprimenda” nesta segunda-feira (19), depois que o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do alto da sua autoridade de um dos maiores estadistas do mundo contemporâneo, um Líder inconteste do Sul Global, intérpprete dos mais nobres ideais pacifistas e de cooperação internacional, comparou a guerra de Israel contra o o povo palestino ao Holocausto de Hitler contra os judeus.
O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, disse na cúpula da União Africana que “o que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não aconteceu em nenhum outro momento da história. Na verdade, aconteceu: quando Hitler decidiu matar os judeus.” Verdade elementar.
O ministro israelense vociferou pelo X, antigo Twitter: “As palavras do presidente do Brasil são vergonhosas e sérias”. Como se ele tivesse estatura para criticar o Brasil e seu governante, ainda com o topete de desafiar o gigante do Cruzeiro do Sul: “Ninguém prejudicará o direito de Israel se defender. Ordenei ao pessoal do meu gabinete que convoque o embaixador brasileiro para uma chamada de repreensão amanhã.”
Por seu turno, o chefe do governo israelense, comandante do genocídio, Benjamin Netanyahu, disse que o Líder brasileiro “cruzou a linha vermelha”. E comunicou: “Decidi com o ministro das Relações Exteriores, Israel Katz, convocar imediatamente o embaixador brasileiro em Israel para uma dura conversa de repreensão”.
Reprimenda ao Brasil por seu Líder ter dito irrefutáveis verdades?! Aliás, verdades compartilhadas pela maioria esmagadora da humanidade?!”. A opinião geral que percorre o mundo dá razão a Lula, pois Israel age tal qual os algozes dos judeus durante o nazismo e os pogroms de tempos idos na velha Rússia dos czares. Não há dúvida de que na galeria dos criminosos de guerra a imagem de Netanyahu será sempre associada à de Hitler. E a carnificina na Faixa de Gaza será sempre com legitimidade comparada ao Holocausto.
Diante das verdades ditas por Lula, os chefetes de fila do sionismo vão repetir mentiras, apresentar falsas justificativas para seus crimes, invocar um direito que não têm, como não tem nenhum governo no mundo em nenhuma época histórica, de agir para exterminar um povo, com fins colonialistas de usurpação territorial.
Reprimenda de covardes a um Líder corajoso?! Reprimenda de violadores do direito à vida, do direito internacional, do direito internacional humanitário a um Líder que prega e pratica a Justiça?! Ameaças de retaliação a um país cujo presidente percorre o mundo em busca de soluções judiciosas aos conflitos internacionais, um negociador nato, um governante tolerante e afeito ao diálogo?! Que estofo moral para tanto têm estes senhores que já se incompatibilizaram há tempos com todos os princípios e valores democráticos e humanistas?!
Não tenham dúvidas de que Lula tem e terá o respaldo consciente do povo brasileiro, das instituições democráticas e das forças políticas do país para enfrentar quaisquer ameaças de retaliações. Qualquer medida do governo fora da lei de Israel contra o Brasil será uma afronta à Justiça e uma agressão à soberania nacional e a todos os povos que conosco compartilham os valores da paz, da cooperação internacional, do multilateralismo e da democratização das relações entre nações iguais.
Lula e o povo brasileiro não renunciamos ao papel que nos cabe de estar entre as forças de vanguarda da luta pela paz e contra o novo tipo de nazifascismo representado hoje por Israel.
Os “diplomatas” de Israel se sentem superiores e no direito de violar as regras das Nações Unidas e até os protocolos da boa conduta. Na Assembleia Geral especial de 25 de outubro do ano passado, quando estavam em cheque os crimes de seu país, Eli Cohen, o representante israelense na ONU, esbravejou contra o Secretário-Geral António Guterres quando este disse que “os ataques do Hamas não aconteceram no vácuo”. “O povo palestino foi submetido a 56 anos de ocupação sufocante”, enfatizou na ocasião o Secretário-Geral. “Em que mundo você vive, senhor Secretário-Geral, guinchou de sua bancada o ‘diplomata’ sionista.”
Ato contínuo o “embaixador” israelense Gilad Erdan declarou em coletiva à imprensa na sala contígua à Assembleia que seu país exigia a demissão de Guterres.
Há duas semanas, o mesmo Israel Katz que ordenou a interpelação a Lula, repetiu a exigência de seu país de demitir o Secretário-Geral do organismo multilateral, imputando-lhe responsabilidade no suposto envolvimento com o Hamas de funcionários da agência de proteção aos refugiados palestinos UNRWA. Só falta agora o governo que se destaca no concerto das nações por crimes de lesa-humanidade, pedir a degola dos líderes que condenam o genocídio e os genocidas.
Agora resta saber que decisão tomarão as nações que se opõem ao genocídio e os judeus descontentes com a ruinosa e criminosa política levada a efeito por Israel, sobre a forma de punir o líder sionista que faz jus a um novo epiteto: “exterminador de mulheres e crianças”.