Por VeritXpress
Sputnik Brasil: Um comboio de cinco caminhões de ajuda humanitária e dois veículos do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) foi atacado na Cidade de Gaza por Israel nesta terça-feira (7), deixando a organização “muito preocupada”, segundo comunicado oficial à imprensa.
“O Comitê Internacional da Cruz Vermelha está profundamente preocupado com o fato de seu comboio humanitário na Cidade de Gaza ter sido atacado hoje (7). O CICV lembra às partes sua obrigação, sob o Direito Internacional Humanitário, de sempre respeitar e proteger os trabalhadores humanitários”, diz o documento. Além disso, outra organização que trabalha com ajuda humanitária, a Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina (UNRWA, na sigla em inglês) informou que uma das suas escolas na Faixa de Gaza foi alvo de um bombardeio que provocou, pelo menos, a morte de uma pessoa e deixou outras nove feridas.
O comitê da Cruz Vermelha disse que o comboio humanitário conseguiu, mesmo assim, entregar suprimentos médicos ao hospital Al Shifa. Dois caminhões foram danificados e um motorista ficou levemente ferido, disse a organização. Ainda em declaração, foi afirmado que os caminhões levavam “suprimentos médicos vitais para instalações de saúde, incluindo o hospital Al Quds, da Sociedade do Crescente Vermelho Palestino”.
Escolas e hospitais são alvos constantes de bombardeios em Gaza
Os bombardeios israelenses já deixaram danificados ou quase inoperantes, até o momento, cinco hospitais, incluindo um hospital infantil e um hospital psiquiátrico, informou hoje (7) o escritório palestino da Organização Mundial da Saúde (OMS) na rede social X (antigo Twitter). “A OMS documentou cinco ataques contra cinco hospitais em um dia na cidade de Gaza, em 5 de novembro, que deixaram pelo menos oito mortos e 174 feridos”, publicou o gabinete.
A organização esclareceu que entre os hospitais bombardeados estão o hospital infantil Al-Rantisi, onde o departamento de oncologia foi danificado, e o único centro psiquiátrico de Gaza. Anteriormente, o porta-voz das Forças de Defesa de Israel (FDI), Daniel Hagari, afirmou que membros do movimento palestino Hamas estavam escondidos no maior hospital da Faixa de Gaza, mas isso não impediria o Exército israelense de alcançá-los.
Questionado sobre se as FDI atacariam o hospital, ele respondeu que o Exército iria “para qualquer lugar onde haja terroristas, para qualquer infraestrutura”. O Hamas, por sua vez, desmentiu a questão, convidando a ONU para visitar as instalações e “checar por si mesma”.