Glasgow – Nesta madrugada (07/12), ativistas e trabalhadores bloquearam o estaleiro da BAE Systems. Os protestos ocorrem na entrada das instalações da empresa defesa em Govan e fazem parte de uma coordenação de protestos em 3 outras fábricas em Bournemouth, Brighton e Lancashire no Reino Unido, além de outras na França, Dinamarca e Países Baixos. Trabalhadores e ativistas exigem que o governo do Reino Unido apoie um cessar-fogo imediato e permanente na Faixa de Gaza e Cisjordânia.
A empresa de defesa produz e vende a Israel componentes de armas, do caça F35 e metralhadora MK 38 Mod 2. Em novembro, O HSM Diamond, navio fabricado pela BAE, foi enviado para o Golfo Pérsico, enquanto a blindagem de um segundo lote de fragatas Tipo 26, construída para a Marinha Real foi remetida à Israel Palasan. Manifestantes declararam que não pretendem culpar os trabalhadores da empresa, mas sim a própria empresa. “Não é certo que a BAE Systems lucre com o genocídio em Gaza. Também expressaram que este dinheiro dado às empresas de defesa é público e que deveria ser investido em cuidar, não para matar.
Embora o Parlamento Escocês tenha votado a favor de um cessar-fogo e o Primeiro-Ministro britânico tenha falado em apoio aos palestinos, a Scottish Enterprise concedeu financiamento de cerca 12 milhões de dólares para empresas que fornecem armas a Israel entre 2016 e 2020, só a BAE Systems recebeu mais de 20 milhões de dólares.
Pro-Palestinian demonstrators have blockaded a factory in Glasgow over its links to Israel
Protesters have blocked the BAE Systems site in Glasgow over the company's connection to Israel as they call for a ceasefire in Gaza.
Campaigners from the Workers for a Free Palestine… pic.twitter.com/TgrLOFpwtX
— INDEPENDENT PRESS (@IpIndependent) December 7, 2023
“Vim aqui hoje para mostrar que a ação direta é para todos e que juntos podemos mudar a forma como o mundo gira, disse um dos manifestantes”.
O Porta-voz da BAE Systems deu uma declaração protocolar: “Estamos horrorizados com a situação em Israel e Gaza e com o impacto devastador que está tendo sobre os civis na região e esperamos que possa ser resolvido o mais rápido possível”.