Por VeritXpress
Semana retrasada, os Houthis avisaram que se EUA e Reino Unido continuassem os bombardeios ao Iêmen, além de continuar os ataques de drones, iriam retaliar cortando os cabos de fibra-óticas submarinos responsáveis pelas comunicações entre a Europa e a Ásia. Está semana eles cumpriram as ameaças.
Segundo relatório, foram cortados quatro cabos de comunicação subaquáticos entre a Arábia Saudita e o Djibuti. De acordo com uma reportagem do de notícias israelense Globes , as comunicações já haviam sido desativadas nos últimos meses, sendo provavelmente resultado de ataques dos rebeldes Houthis do Iêmen,
A segmentação bem-sucedida dos quatro cabos, que se acredita pertencerem aos sistemas AAE-1, Seacom, EIG e TGN, marca uma grave perturbação nas comunicações entre a Europa e a Ásia. A maior parte dos danos imediatos será absorvida pelos estados do Golfo e pela Índia, disse Globes.
Os cabos cortados seriam das redes, AAE-1 que liga a Ásia Oriental à Europa através do Egito, ligando a China ao Ocidente através do Paquistão e do Qatar. O sistema de cabos Europe India Gateway (EIG) que conecta o sul da Europa ao Egito, Arábia Saudita, Djibuti, Emirados Árabes Unidos e Índia e os da Seacom que conecta Europa, África e Índia e está conectado à África do Sul.
Segundo a avaliação técnica, os danos nas atividades de comunicações foram significativos, mas não críticos, porque na mesma área existem vários cabos não danificados que ligam a Ásia, África e Europa. Ao mesmo tempo, a reparação de um número tão grande de cabos submarinos pode levar semanas – pelo menos 8 semanas, segundo a estimativa.
Os cabos da rede EIG tiveram um couto de construção de 700 milhões de dólares há época , foi o primeiro cabo submarino que ligou a Grã-Bretanha numa extremidade e a Índia na outra. As ações da empresa são detidas por um consórcio formado pelos EUA, países europeus e Golfo Pérsico, incluindo AT&T, Saudi Telecom, Verizon e Bhart Center da Índia.
O TGN Atlantic, que liga a China ao Ocidente, foi instalado no Oceano Atlântico em 2001 pela empresa americana Tyco e em 2005 foi vendido por 130 milhões de dólares à empresa indiana VSNL, hoje conhecida como Tata Communications.
O cabo AAE-1 tem a capacidade de comunicação de 40 terabits por segundo e conecta a China ao Ocidente através de países pertencentes ao eixo Irã-China, Paquistão e o Catar. Entre os proprietários do consórcio que o controla estão a China Unicom, a iemenita Tel-Yemen e também fornecedores de comunicações ocidentais como a British Telecom, Etisalat e Vital Comunnications.