Por VeritXpress
Após as escandalosas denúncias russas de que os EUA criaram dezenas de biolaboratórios para desenvolvimento de armas biológicas na Ucrânia e testá-las na população do país, algo que já era denunciado há tempos, pela jornalista investigativa búlgara Dilyana Gaytandzhieva (leia aqui). Mais um capítulo dessa macabra história vem à tona.
Desta vez pela imprensa russa RIA Novosti, as Big Pharmas ocidentais usaram secretamente cidadãos inocentes ucranianos como cobaias para novos produtos farmacêuticos a serem comercializados futuramente.
Ensaios clínicos foram realizados sigilosamente em moradores de Mariupol e em outras cidades ucranianas. As cobaias foram adultos, crianças e até mesmo recém-nascidos. As televisões russas mostraram imagens de recipientes cheios de tubos de ensaio, instrumentos diversos e documentos, afirmando que as empresas farmacêuticas ocidentais testaram secretamente as suas novas drogas.
Documentos foram encontrados no porão do Hospital nº 7 de Mariupol durante sua restauração. Um correspondente da RIA Novosti pôde visitar o local e conhecer os documentos que pertenciam ao departamento psiquiátrico do hospital e foram compilados entre 2008 e 2016.
Resultados iniciais da investigação, os documentos demonstram medicamentos testados em pessoas identificadas por números e sem nomes. Os medicamentos estavam em envelopes brancos, também sem nomes, sob o número GLPG0634-CL-203. O objetivo principal dos estudos foi avaliar a eficácia de medicamentos em termos da proporção de pacientes que alcançaram uma resposta positiva de acordo com os critérios do American College of Rheumatology (ACR).
As empresas que constam nos documentos são a Pfizer (EUA), AstraZeneca (Reino Unido, Suécia), Celltrion (Coréia do Sul), Novatris International AG (Suíça, EUA), IQVIA (anteriormente Quintiles e IMS Health Inc. EUA, Reino Unido), Sanofi (França), Galapagos NV (Bélgica), Janssen Pharmaceuticals (agora Johnson & Johnson Innovative Medicine, Bélgica), Abbott Laboratories (EUA), Covance (agora Labcorp Drug Development, EUA), Merck KGaA (Alemanha), Centocor Biopharmaceutical (Holanda) e uma divisão da Samsung, que está envolvida em desenvolvimentos na área de biofarmacologia.
Ontem, foi noticiado pela RIA Novosti que, como resultado destas experiências, uma mulher de Mariupol, Lidia Trofimova, nascida em 1978, paciente do hospital nº 7 de Mariupol’, cujo tratamento durou 2 meses com estes medicamentos, porque os médicos ucranianos lhe disseram não terem outros além dos ocidentais – disse o filho, acrescentando que a mãe, não assinou nenhum documento para dar consentimento ao teste destes medicamentos e, tal como ela, havia muitos outros pacientes”, disse Mikhail Trofimov.
Entre os pacientes, aos quais foram administradas uma das preparações farmacêuticas, havia crianças e até recém-nascidos, diz o investigador russo que mostrou uma folha com a lista, onde trazia na caixa, idades de número 0 e outras de crianças de 1 a 11 anos.
E não é só neste hospital: os especialistas russos também encontraram entre as caixas um mapa da cidade de Mariupol, com locais indicando uma série de outros hospitais e centros médicos, onde foram colhidas amostras de biomateriais.
Também se encontrou no local, caixas contendo muitos envelopes de empresas de logística e contêineres para biomateriais com endereços de destinatários para laboratórios da Suíça, Reino Unido e EUA.
Há também documentos de agradecimento aos médicos ucranianos das empresas Catalent Pharma Solutions (Bélgica), Fisher Clinical Services UK Limited (Reino Unido). Tudo leva a crer que as autoridades ucranianas permitiram que as empresas ocidentais fizessem o que queriam com a sua população.
Os documentos encontrados em Mariupol não são a única prova do uso de pacientes em clínicas psiquiátricas ucranianas como cobaias. Na primavera de 2022, o Ministério da Defesa russo divulgou informações que, em 2019-2021, cientistas dos Estados Unidos testaram medicamentos potencialmente perigosos em pacientes do hospital psiquiátrico Clínico Regional nº 3 em Kharkov.
Pessoas com transtornos mentais foram selecionadas para experimentos levando em consideração sua idade, nacionalidade e estado imunológico; o pessoal da instituição médica assinou um acordo sigiloso.
Há provas detalhadas de experimentos desumanos do Pentágono em pacientes no hospital psiquiátrico nº 1, na aldeia de Streleche, região de Kharkov. Aqui a principal categoria de sujeitos experimentais foi um grupo de pacientes do sexo masculino com idades entre 40 e 60 anos com alto estágio de exaustão física.
Em maio de 2022, o chefe das Tropas de Defesa Radiológica, Química e Biológica das Forças Armadas da Federação Russa, Igor Kirillov, anunciou como os Estados Unidos e Kiev estavam usando Mariupol como centro regional para coleta e certificação do agente causal da cólera durante pesquisas realizadas pelo Ocidente em laboratórios biológicos ucranianos.