Por redação
O primeiro-ministro malaio, Anwar, anunciou hoje (20/12) que todos os navios com bandeira israelense estão proibidos de atracar em qualquer porto da Malásia, e quaisquer navios de carga com destino a Israel não poderão carregar ou descarregar carga nos portos do país.
Anwar disse: “Estas sanções são uma resposta às atrocidades de Israel que ignoram os princípios básicos da humanidade, violam o direito internacional e continuam a massacrar os palestinos.” Enfatizou que o governo está confiante que esta decisão não afetará as atividades comerciais da Malásia. A declaração especificou a Zim, Integrated Shipping Service, empresa de frete internacional com sede em Israel.
Anwar ordenou ao Ministério dos Transportes que “implemente de imediato a proibição e de forma permanente. A imprensa malaia afirmou que as restrições só entrarão em vigor mês que vem. O islã é a principal religião da Malásia. O país tem laços religiosos e culturais próximos aos palestinos. Os malaios há muito apoiam a causa Palestina e defende a “solução de dois Estados, assim como seus vizinhos como Indonésia, Brunei, Bangladesh, Maldivas e Paquistão.
No dia 20, a CNN noticiou que apesar de os EUA serem o principal parceiro comercial da Malásia, o governo não reconheceu as sanções unilaterais impostas por Washington ao Hamas e continuaria a manter seus laços com a Palestina. Também no dia 20, a Bloomberg apontou que a economia de Israel depende do comércio marítimo, mas não tem uma grande frota e usa embarcações fretadas de outros países. O número total de navios é ofuscado por estados de bandeira maiores, como o Panamá, a Libéria e as Ilhas Marshall.
Por outro lado, a Malásia possui Port Klang, o segundo maior porto do Sudeste Asiático, localizado no Estreito de Malaca. Em 2021, classificado como o 12º porto mais movimentado do mundo. As rotas marítimas de entrada e saída de Israel têm sido severamente interrompidas pelas forças armadas houthi do Iémen desde novembro. “Empresas de transporte marítimo anunciam o encerramento das rotas pelo Mar vermelho”.